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Agroecologia, em resumo, pode ser considerada um conjunto de
conhecimentos sistematizados, baseados em técnicas e saberes
tradicionais (dos povos originários e camponeses) “que incorporam
princípios ecológicos e valores culturais às práticas agrícolas que, com
o tempo, foram desecologizadas e desculturalizadas pela capitalização e
tecnificação da agricultura” (Leff, 2002, p. 42).
Como ciência, a agroecologia emerge de uma busca por superar o
conhecimento fragmentário, compartimentalizado, cartesiano, em favor de
uma abordagem integrada. Seu conhecimento se constitui, mediante a
interação entre diferentes disciplinas, para compreender o funcionamento
dos ciclos minerais, as transformações de energia, os processos
biológicos e as relações socioeconômicas como um todo, na análise dos
diferentes processos que intervêm na atividade agrícola.
Para os movimentos do campo, a agroecologia inclui: o cuidado e
defesa da vida, produção de alimentos, consciência política e
organizacional. Compreende-se que ela seja inseparável da luta pela
soberania alimentar e energética, pela defesa e recuperação de
territórios, pelas reformas agrária e urbana, e pela cooperação e
aliança entre os povos do campo e da cidade.