sábado, 21 de dezembro de 2019

A importância de um enfoque holístico na produção de alimentos mais saudáveis.

A visão holística, um dos princípios da Agroecologia, considera a produção agrícola como uma totalidade maior e mais complexa do que a simples soma das partes (adubação, controle de pragas e doenças, gestão dos resíduos, entre outros. Fazendo um paralelo com o corpo humano, assim como um médico ao examinar um paciente não deveria enxergar apenas um estômago ou um coração, mas considerar a interação desses órgãos com todo o organismo e o aspecto emocional do paciente, o mesmo deveria ocorrer na produção agrícola. Isto significa planejar a produção de forma integrada, considerando a propriedade como um “organismo vivo”, dinâmico e repleto de interações entre cada parte que não pode ser descolada do todo. Ao invés de olhar peça a peça do grande “quebra-cabeça” de se produzir alimentos mais saudáveis, o enfoque holístico monta e busca lidar com todo o conjunto de fatores (ecológicos, culturais, econômicos, políticos, sociais) que compõem o sistema de produção agroecológico.
De que forma isso é possível? Respeitando os ritmos vitais dos organismos vivos da propriedade: microorganismos do solo, plantas cultivadas e nativas, animais e seres humanos, o enfoque holístico considera a interdependência de todos esses elementos, buscando descobrir e tratar as causas de todos os fenômenos (ocorrência de pragas e doenças, competição com ervas nativas entre outros), que se manifestam durante a produção de alimentos e procurando manejá-los de forma conjunta.
No que diz respeito à nutrição, adotar um enfoque holístico (global, abrangente) implica em medir a influência do alimento sobre o próprio organismo que o consome, estudando os efeitos produzidos sobre a sua saúde, longevidade, fecundidade e resistência, entre outros fatores, sendo o melhor critério conhecido para avaliar a qualidade biológica dos nutrientes ingeridos.
Uma alimentação saudável, portanto, não se limita a “encher” o estômago humano. Além de responder às suas necessidades nutricionais, deve potencializar todas as suas funções biológicas vitais, auxiliando na renovação celular e demais processos metabólicos, promovendo um bem-estar nos planos físico, mental e até espiritual. Afinal, quem pode se dar ao luxo de elevar o espírito se estiver repleto de gastrites, prisão de ventre, hipertensão, diabetes e tantos outros males “terrenos” originados em maus hábitos alimentares? Ou seja, não basta apenas cultivarmos o propósito de “não morrermos pela boca”, podemos também obter qualidade de vida através do que ingerimos nas refeições e lanches.
Para tanto, é necessário pensar um alimento qualquer (frutos, folhas, grãos, tubérculos, raízes) a partir da planta que o origina. O raciocínio é simples (e até óbvio): uma planta sadia e nutrida de forma equilibrada originará um alimento também sadio e equilibrado. Mas, o que é exatamente uma planta sadia? As correntes da Agroecologia consideram como tal uma planta que possua os elementos nutritivos necessários para formar uma quantidade máxima de substâncias que a caracterizam, de forma equilibrada. Isso significa, que a planta absorve os nutrientes presentes no solo de forma gradual e de acordo com suas necessidades: nem mais nem menos.
Na agricultura convencional, com a aplicação de adubos altamente solúveis, as plantas recebem altas doses de nitrogênio, fósforo e potássio que se acumulam na seiva promovendo um desequilíbrio entre as concentrações desses e de outros elementos (como o magnésio, o molibidênio, o cobre e outros microelementos). Neste contexto, as plantas crescem, ou melhor, “incham” defeituosamente porque existe um desequilíbrio entre os componentes celulares. Assim, os tecidos se desenvolvem fracos, aquosos e suscetíveis a todo tipo de doença. E plantas que se desenvolveram com uma relação entre os elementos químicos fortemente alterada, naturalmente, transmitirão aos seres humanos (direta ou indiretamente através de alimentos de origem animal) sua falta de vitalidade, sua suscetibilidade e seu desequilíbrio metabólico. Ou seja, pouco contribuem para que a população desenvolva seus potenciais físico e mental em plenitude.
Em contrapartida, o trabalho da agricultura agroecológica atua no sentido de alcançar uma otimização da produção agrícola. Isto significa realizar um casamento entre a necessidade de se obter um certo volume físico de alimentos num longo prazo e a manutenção de padrões de qualidade nos alimentos. Tais padrões, obtidos através de diversas práticas de manejo dos insumos, assim como de pragas e doenças se manifestam em produtos agrícolas isentos de qualquer contaminação química ou biológica e com propriedades organolépticas (sabor, textura, aroma) capazes de conferir vitalidade aos alimentos consumidos.
Por essas razões, fica claro que os procedimentos adotados pelas correntes agroecológicas fazem parte de uma visão global (ou holística) da vida, da natureza e do ser humano. Os sistemas alimentares, com os quais as correntes agroecológicas se preocupam vão muito além da atividade agropecuária em si. Abrangem interações entre as dimensões ecológica, técnica social e econômica que permeiam todo o sistema de produção e venda e consumo de alimentos.
Sabendo da influência dos sistemas de produção convencional e agroecológico sobre a qualidade do alimento, o consumidor que optar por alimentos orgânicos ainda precisará se certificar da autenticidade de tais produtos, o que é possível através da compra de alimentos com o selo de uma entidade certificadora local ou nacional.

Procure os produtores e cooperativas da região onde você mora.
Uma dica prática é o consumidor explorar a região onde mora, buscando produtores ou associações de produtores agroecológicos como uma forma de privilegiar os circuitos locais de abastecimento. Desta forma, o consumo de uma dieta equilibrada com produtos orgânicos na esfera regional contribui para combater a homogeneização da alimentação, para estimular a manutenção de pessoas no meio rural e para fomentar a economia das pequenas e médias cidades. Em outras palavras: alimentar-se corretamente e com produtos orgânicos além de vitalizar o corpo, revitaliza também a prática da cidadania da qual estamos tão famintos.
 FONTE: PLANETA ORGÂNICO 
http://planetaorganico.com.br/site/

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Fundamentos do cultivo orgânico

 Fundamentos do cultivo orgânico
A fina camada que sustenta a vidaIniciando com os fundamentos do cultivo orgânico, um pedaço de terra fértil à nossa volta é um mundo único, um equilíbrio sutil a ser observado. O homem é um elemento a mais que precisa se integrar pois suas ações irão modificar esse equilíbrio, alterando sua totalidade. Qualquer ação, por menor que seja, altera a sequência evolutiva da natureza e portanto, deve ser feita com muito cuidado e respeito. Para cultivar hortas orgânicas, é preciso conhecer o solo. Continue lendo para conhecer um pouco mais sobre a terra que sustenta a vida e como prepará-la para colheitas fartas.
“Aqueles que ensinam precisam manter sempre o desafio de estudar a Natureza e não os livros”.  William A. Albrecht.A fina camada de terra fértil, com certa de 20 centímetros de espessura, que recobre boa parte da crosta terrestre, demora cerca de 8.000 anos para ser fabricada pela natureza. Fragmentando as rochas e as transformando em solo, pela interação de diversos elementos como o sol, ventos, chuvas, gases, pressão atmosférica, ácidos, óxidos e sais, trabalhados por bilhões de micro-organismos.Fundamentos do cultivo orgânicoFundamentos do cultivo orgânico: Cuidando da camada superficialDessa camada superficial de solo fértil, depende toda a vida. Um pequeno descaso pode destruir rapidamente o que a natureza levou milênios para construir. Uma mata nativa cortada para agricultura altera de forma sistemática esse equilíbrio. Pode provocar a migração da fauna, erosões e alterar todo o ciclo da vida.
Uma planta se desenvolve a partir da energia do sol, que é traduzida pelos cloroplastos, pigmentos verdes que contém clorofila. Os cloroplastos absorvem o gás carbônico do ar, exalando em troca o oxigênio. Por sua vez, as raízes absorvem água e nutrientes do solo. A planta cresce pela combinação do gás carbônico, água, nutrientes e a luz do sol. Para aprender a cultivar hortas orgânicas, é preciso conhecer como a vida se organiza em torno dos elementos.
EnergiaPela fotossíntese a planta produz açúcares para se alimentar e disponibilizar o alimento para humanos e animais. Sem isso, nenhum animal existiria na terra.  Em cada elo da corrente da cadeia alimentar, a quantidade de energia vai diminuindo, pois cada organismo transmite menos energia que recebe.
Menos de 1% da energia que chega à atmosfera é absorvida pela planta na fotossíntese. O resto se dispersa em forma de calor. Portanto, quanto mais curta for a cadeia – por exemplo, vegetal-homem, maior será a quantidade de energia alimentar disponível no elo final.
“É preciso ter como que um pressentimento dos mistérios da vida”. Rudolf Steiner.Terra fértilVida na terraAs cadeias cíclicas terminam nos organismos que decompõem os restos vegetais e animais. Esses restos são incorporados ao solo. Fertilizando-o e criando condições para que a planta germine e se desenvolva. Iniciando um novo ciclo.
A decomposição dos restos vegetais e animais em matéria orgânica, é feita por inúmeros organismos. Entre eles, estão os mamíferos, minhocas, lesmas, formigas, caracóis, aranhas, centopeias, vermes, cigarras, larvas, nematoides e protozoários.  Se o solo é tóxico, por ação dos químicos, um ou mais desses organismos desaparecem. Podem inclusive causar prejuízos nas culturas em volta. Se os químicos acabam com todos esses agentes naturais, o solo morre e com ele toda a vida.
MinhocasEsses bichos do solo digerem diversos tipos de materiais, abrem galerias, melhorando a infiltração da água. Melhoram também a drenagem, aeração e penetração das raízes das plantas. As minhocas são especialmente importantes em hortas pois comem terra e matéria orgânica, transformando tudo em húmus. Húmus é um alimento de alta qualidade para as plantas. As minhocas abrem galerias em sua movimentação no solo, que vão desde a superfície até três metros de profundidade.
Esses túneis aumentam a porosidade e seus excrementos a fertilidade do solo. Um solo fértil pode conter de 500 a 2.000 quilos de minhocas por hectare. Os processos finais e mais complexos de decomposição ficam por conta de outros seres vivos. São os micro-organismos como as bactérias, fungos, actinomicetes e algas. Com um solo naturalmente fértil, hortas em pequenos espaços podem produzir alimentos de ótima qualidade.
ErosãoGrandes quantidades de solos férteis vão por água abaixo, sem retorno, nos processos erosivos. Esses processos normalmente são causados pela ação do homem. A cada ano, cerca de 80 bilhões de toneladas de solo caminha em direção aos oceanos e lagos. Entre as muitas causas, está o desmatamento e cultivos em terrenos inclinados sem curvas de nível. Pastagens excessivas da pecuária, sistemas de irrigação das monoculturas e a agricultura intensiva mecanizada, transformam toda a vida do solo naturalmente fértil em um pó estéril que depende cada vez mais de insumos químicos para produzir.
“O solo é o grande conector de vidas, a origem e o destino de todos. É o curador e restaurador, pelo qual a doença passa para a saúde, a velhice chega aos jovens, a morte se transforma em vida. Sem o cuidado adequado com o solo não podemos ter nenhuma comunidade, porque sem o cuidado adequado com o solo não podemos ter vida “. Wendell Berry.erosãoSolos tropicais e hortas orgânicasOrientações genéricas contidas nos pacotinhos de sementes, muitas vezes, são feitas para climas e solos diferentes dos nossos. Sugerimos um pequeno estudo sobre a estrutura de nossos solos. Continue lendo para conhecer um pouco mais sobre a terra e obter melhores resultados em hortas orgânicas.
Considerando a exuberância de nossas florestas e a produtividade de nossa agricultura, temos a impressão que nossos solos são ricos. Com exceção de algumas raras faixas de terra roxa, os solos brasileiros são tipicamente tropicais. Ou seja, desgastados e acidificados. Isso se deve principalmente por causa da destruição intensiva e progressiva da vegetação natural de cobertura. Castigados e lavados pelo sol, só produzem bem com a adição de matéria orgânica e fertilizantes.
A primeira providência é a análise do solo. Por que analisar o solo? Conhecendo sua estrutura podemos saber como devemos fazer a correção. Solos ácidos são tóxicos para as plantas, retardando seu desenvolvimento, com baixa ou nenhuma produção. A análise vai permitir dosar a quantidade de calcário a ser aplicada por hectare, para equilibrar o pH. Essa prática faz com que a planta consiga se alimentar do esterco ou composto orgânico disponibilizado para ela.
“O uso de pulverizações com produtos químicos tóxicos é um ato de desespero de um modelo agrícola moribundo. Não são os poderes dos insetos invasores que devemos temer , mas sim as condições frágeis das vítimas”. William A. AlbrechtComposição do soloConhecendo o solo a partir de seus principais aspectos: físico, químico e biológico, é possível otimizar a produção. Cada um desses aspectos corresponde a um tipo de fertilidade. O aspecto físico com relação à estrutura e textura de seus componentes: água, ar, minerais (areia e argila) e matéria orgânica. A quantidade maior ou menor desses elementos determina sua estrutura. Pode ser de textura grossa  (arenoso), média (areno-argiloso) ou fina (argiloso). A fertilidade física, ou seja, equilíbrio entre esses elementos será a base para a fertilidade química e biológica. Deve haver espaço adequado para a circulação do ar e da água para facilitar as  reações químicas e consequentemente, a vida.
O aspecto químico está relacionado aos nutrientes disponíveis na água e nos minerais. Raízes só absorvem nutrientes dissolvidos em água. Os micro-organismos e a textura do solo agem como intermediários entre os nutrientes e as raízes das plantas. Fertilidade química não está relacionada com muito ou pouco adubo. Está relacionada com o equilíbrio entre os vários elementos.
Finalmente, a biologia com todas as formas de vida que habitam esse solo com milhares de espécies. São os fungos, vírus, bactérias, vermes, algas, bichos e vegetais que trabalham na decomposição da matéria orgânica. Fertilidade biológica e a estrutura do solo dependem do trabalho desses micro-organismos.
“Fórmulas de N-P-K como as que são registradas e recomendadas pelos Ministérios de Agricultura do mundo todo, significam má nutrição (humana e animal), ataque de insetos, bactérias e fungos, maior incidência de mato, perdas de lavouras em épocas de seca, bem como perda da acuidade mental da população que leva a doenças degenerativas metabólicas e morte prematura”.  William A. Albrecht.  Solo para hortasTextura do solo para hortasA mistura dos sólidos (areia, argila e matéria orgânica) determina a textura do solo e a facilidade ou não de se trabalhar esse solo. Solos arenosos são mais fáceis de serem trabalhados com ferramentas manuais. São mais macios, arejados e absorvem bem a água, que não é retida, ou seja, ressecam mais rapidamente.
O solo argiloso é mais pesado e difícil de trabalhar com a enxada. Esse solo adere às ferramentas quando úmido, tornando-as mais pesadas e o trabalho mais cansativo. Absorve mais lentamente a água, armazenando-a por mais tempo. Existem muitos solos mais ou menos argilosos ou arenosos, com diferentes quantidades de um ou outro elemento. São chamados de solos areno-argilosos.
A matéria orgânica equilibra os dois extremos, como húmus ou matéria em decomposição. É uma espécie de cola que une e torna os solos arenosos mais consistentes e férteis com a retenção da água e dos nutrientes. A matéria orgânica torna também os solos argilosos mais leves, intermediando as partículas de argila. Deixa mais espaço para o ar e a água e facilita o desenvolvimento das raízes das plantas. Eis o ponto de equilíbrio, para um solo adequado para hortas orgânicas.
Teste fácil para saber o tipo de soloCave com uma pazinha um buraco de aproximadamente 20 centímetros. Revolva a terra, coloque uma porção em um vidro transparente, complete com água e agite bem. Deixe descansar até que todos os sólidos desçam ao fundo. As camadas aparecerão então bem definidas: embaixo a areia e as partículas mais grossas. A seguir a argila e as partículas mais finas e em cima uma camada mais escura, o húmus ou matéria orgânica em decomposição. Compare então as camadas: se houver menos de 15% de argila o solo será arenoso. Entre 20 e 40% de argila será areno-argiloso e com mais de 40% de argila, argiloso. A matéria orgânica raramente alcança mais que 5% do volume em solos brasileiros.
“O homem tem raiz em seus pés, e na melhor das hipóteses, ele não é mais que um vaso de plantas em sua casa ou carro. Até que ele estabeleceu comunicação com o solo pelo toque amoroso e magnético de seus pés.”  John Burroughs.horta sadiaSolo rico para horta e jardimSolo sadio é sinônimo de plantas sadias. Cultivando junto as plantas companheiras e fazendo a rotação de culturas em solo vivo e rico em matéria orgânica, a incidência de doenças e o ataque de pragas diminui. Até que se consiga o equilíbrio entre todos os fatores. Em hortas sadias, quando esse equilíbrio é alcançado, as pragas e doenças podem desaparecer ou se tornarem insignificantes.
O primeiro remédio para prevenção de pragas e doenças é o permanente cuidado com o solo. Desde a preparação dos canteiros até a cobertura morta, depois que as plantas já estão crescendo. Para chegar ao equilíbrio, não abuse de nenhum elemento, coloque sempre a quantidade indicada para a área cultivada, de acordo com a necessidade de cada cultura. Para aprender a fazer horta no quintal, com bons resultados, faça primeiro um investimento na vida do seu solo.
A matéria orgânica deve ser abundante desde o início. Solos descobertos e pobres em matéria orgânica atraem pragas e propiciam o aparecimento de doenças na cultura. Excesso e falta de água também desequilibram, assim como adubação química e o uso de agrotóxicos de qualquer tipo.
“O fato de que você não tem frutas não é uma prova de que você não tem sementes. Não é tarde demais para mostrar as suas potencialidades em um bom solo. Faça isso agora; a colheita espera por você em breve! ” Israelmore Ayivor
Observando a vida nas hortasAlguns Coleópteros, mais conhecidos como besouros, vaquinhas e joaninhas, são aliados pois controlam pulgões, lagartas e gafanhotos. Outros da mesma ordem, se alimentam de vegetais, danificam raízes e entram nos galhos, caules e frutos, como é o caso das brocas. Caso haja infestação, podem ser controlados com extrato de fumo. Ferva 100 gramas de fumo de rolo em 2 litros de água e aplique nos furos das brocas ou pulverize as plantas afetadas. O cravo-de-defunto deve ser plantado nas bordas dos canteiros pois funciona como repelente de nematoides.
Seguindo os passos para aprender a plantar hortaliças, os caracóis, que comem folhas, podem ser controlados com a catação manual. Em hortas maiores, faça uma faixa de aproximadamente 15 cm de cinza ou cal em volta dos canteiros ou da horta. A cinza ou a cal aderem ao corpo do caracol, provocando sua morte.
Outra técnica para o controle dos moluscos é colocar sacos de estopa úmidos em volta dos canteiros. De manhã é só olhar na parte de baixo que os moluscos estarão grudados no saco. Fazer a catação manual, repetindo durante alguns dias, dependendo da quantidade para eliminar a praga. Lesmas podem ser controladas da mesma forma que os caracóis. As lesmas deixam uma substância brilhante nas folhas das hortaliças ao se deslocarem. As folhas com essa substância devem ser muito bem lavadas. Nelas pode ser encontrado um verme que ataca o intestino humano.
“É impossível ter uma sociedade saudável e equilibrada sem o devido respeito para com a terra.” Peter Maurin.Plantas companheirasControlando infestações nas hortasPara cultivar hortas sadias, controle as cochonilhas. São também conhecidas também como escamas, piolho branco ou farinha e sugam a seiva das plantas, enfraquecendo-as. Secretam substâncias doces que atraem fungos. Podem ser controladas com emulsão saponácea. Três litros de querosene, meio quilo de sabão e 50 litros de água. Corte o sabão em fatias finas, dissolva em 1,5 litros de água quente. Vá agitando e despejando o querosene e o restante da água. Mexa sempre, até misturar toda a água e todo o querosene ao sabão diluído. Dissolva 3 quilos de farinha de trigo em água fria e adicione à mistura, mexendo sempre para não criar pelotas. Pulverize o local da infestação, repetindo a cada 15 dias até o desaparecimento das cochonilhas. Com observação e cuidados, pequenas hortas podem produzir alimentos suficientes para o consumo da família.
Plantas repelentes para horta e jardimFormigas cortadeiras atacam plantas estrangeiras em solo desprotegido. À medida que a cultura vai se diversificando com uma maior quantidade de espécies vegetais e o solo enriquece em matéria orgânica e vida. A medida que isso acontece, elas vão desaparecendo. Hortelã (Mentha piperita) e atanasia (Tanacetum vulgare) plantados nas bordas dos canteiros e em volta das covas das frutíferas afastam as formigas.
O gergelim plantado na borda da horta também ajuda no controle das formigas cortadeiras. As formigas cortam as folhas do gergelim, levam para dentro do formigueiro. Essas folhas envenenam o bolo alimentar, provocando muitas baixas. Uma horta orgânica, precisa ter muitas espécies plantadas em solo rico em matéria orgânica. Sem químicos, com cobertura morta e com teor de umidade adequado, dificilmente a horta será prejudicada por pragas e doenças.
FONTE:
Ecovila da Montanha

sábado, 22 de junho de 2019

Milho protege a visão e melhora o intestino

Milho protege a visão e melhora o intestino
O milho traz benefícios para a saúde como proteger a visão, por ser rico nos antioxidantes luteína e zeaxantina, e melhorar a saúde intestinal e emagrecer, devido ao seu alto teor de fibras que regulam o funcionamento do intestino e aumentam a sensação de saciedade.
O milho pode ser consumido cozido ou incluído em diversas receitas, como saladas, bolos, biscoitos, tortas, canjica e pamonha, além de poder ser incluído em preparações como arroz, molhos e carnes.

 Dentre os seus principais benefícios para a saúde, estão:
  1. Prevenir doenças nos olhos, pois protege a mácula ocular devido à presença dos antioxidantes luteína e zeaxantina;
  2. Fortalecer o sistema imunológico, por ser rico em carotenoides;
  3. Ajudar a emagrecer, por dar mais saciedade devido à presença de fibras;
  4. Reduzir os níveis de colesterol, devido à presença de fibras;
  5. Ajudar a controlar o açúcar no sangue, por conter fibras e vitaminas do complexo B;
  6. Dar energia, por ser rico em carboidrato;
  7. Melhorar o trânsito intestinal, pois suas fibras favorecem a formação das fezes e servem de alimento para a flora intestinal.
O milho da pipoca é o mais rico em fibras, sendo um grande aliado para o bom funcionamento intestinal. Além disso, ele é o que mais contém minerais como fósforo, magnésio e zinco, enquanto o milho verde contém mais vitaminas, especialmente ácido fólico, niacina e vitamina B6.
Informação nutricional do milho
A tabela a seguir traz a informação nutricional para 100 g de milho verde cozido.
Nutrientes100 g de milho de verde cozido
Energia98 calorias
Proteínas3,2 g
Gorduras2,4 g
Carboidratos17,1 g
Fibras4,6 g
Vitamina E2 g
Niacina (Vit. B3)3,74 g
Potássio162 mg
Fósforo61 mg
Magnésio20 mg
Também é importante lembrar que o milho é um cereal que não contém glúten, e por isso pode ser consumido em casos de Doença Celíaca ou intolerância ao glúten.

Receita de Canjica Fit

Milho protege a visão e melhora o intestino
Ingredientes:
  • 1 xícara de canjica de milho
  • 1/2 xícara de leite de coco
  • 1/2 xícara de água
  • 2 cravos
  • 2 canelas em pau
  • 2 colheres de sopa de adoçante culinário
  • 1 colher de sopa de amido de milho
Modo de preparo:
Colocar a canjica em um recipiente e cobrir com água, deixando de molho por 12 horas. Descartar a água e cozinhar a canjica em uma panela de pressão por cerca de 25 minutos. Em uma panela, juntar o leite de coco, a água, o cravo, a canela, o adoçante e o amido de milho, e mexer bem até ferver. Quando começar a engrossar, juntar a canjica cozida e continuar mexendo até o creme ficar uniforme e ganhar consistência. Servir quente ou gelado.

Receita de Bolo de Milho Fit

Milho protege a visão e melhora o intestino
Ingredientes:
  • 3 ovos inteiros
  • 1 lata de milho verde escorrida
  • 100 ml de leite desnatado
  • 1 colher de sopa de manteiga
  • 3 colheres de sopa de adoçante culinário em pó ou açúcar de coco
  • 6 colheres de sopa de aveia em flocos
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
Modo de preparo:
Bater as claras em neve e reservar. No liquidificador, bater as gemas, a manteiga, o leite e o milho em lata. Numa outra taça colocar a massa líquida, o açúcar, aveia em flocos e misturar bem. Depois de bem misturado adicionar o fermento em pó e por último as claras, de forma delicada. Colocar em uma forma untada para pudim, levando ao forno médio pré-aquecido por cerca de 30 minutos ou até dourar.

FONTE: TUA SAÚDE  DIETA E NUTRIÇÃO

sábado, 4 de maio de 2019

10 motivos para consumir orgânicos

Nem precisa pensar muito. Leia abaixo e descubra as vantagens de consumir produtos orgânicos!
1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos tem demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.
2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
3. Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
4. Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
5. Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos.
7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais.
9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.
Fonte: Ambiente Brasil

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Alimentação saudável poderia cortar gastos bilionários com saúde, diz estudo



Pesquisadores americanos simularam o que aconteceria na economia dos EUA se o sistema de saúde subsidiasse custos da população com frutas e verduras.

terça-feira, 23 de abril de 2019

O que é Agroecologia?

O que é Agroecologia?
Um sistema de produção sustentável, economicamente viável e socialmente justo. A agroecologia mistura espécies, usa adubos naturais, mantém o solo fértil, tem alta produtividade o ano todo e gera mais empregos. É praticada principalmente por pequenos produtores familiares e movimentos agrários.
Agroecologia consegue produzir tanto quanto o Agronegócio?
Produz mais. Dados apontam que a capacidade da agroecologia alcança o dobro da produtividade do agronegócio. Com mais incentivo, a agroecologia pode produzir alimento de qualidade e em quantidade suficiente para toda a população mundial, e sem veneno.
É verdade que custa mais caro?
Não. Muitas vezes, os orgânicos são colocados a preços altos em supermercados. Mas comprar em feiras agroecológicas ou direto com produtores/as rurais é mais barato do que consumir alimentos com agrotóxicos. Isso porque esses alimentos, gerados em sistemas equilibrados, têm um custo de produção muito menor do que os produzidos com compostos químicos.
TROQUE AGRONEGÓCIO POR AGROECOLOGIA
Os agrotóxicos não estão só nos alimentos. Eles já contaminam o solo, o ar, a água que bebemos, a maioria dos produtos industrializados e também carnes e queijos. Agrotóxicos já são encontrados até mesmo no leite materno.
Apesar de muitos já serem proibidos na União Europeia e Estados Unidos, há pressões do setor agrícola para manter esses produtos no Brasil. A produção de agrotóxicos é controlada por poucos e grandes grupos empresariais, o que cria um mercado altamente concentrado e impacta a distribuição de renda e a economia.
O uso contínuo de agrotóxicos acaba com a vida do solo e cria um ciclo negativo: plantas cada vez mais doentes, “pragas” cada vez mais resistentes e uso cada vez maior de adubos químicos e agrotóxicos..
O primeiro passo é reduzir o consumo de agrotóxicos em nosso dia a dia.
Além disso, precisamos pressionar o governo por mudanças nas políticas públicas, pelo banimento dos
agrotóxicos e pela implantação de uma Política Nacional de Agroecologia, ao invés de injetar cada vez
mais dinheiro no agronegócio.
OS AGROTÓXICOS CONTAMINAM O MEIO AMBIENTE, A SOCIEDADE E A SUA SAÚDE.

domingo, 17 de março de 2019

ALIMENTOS ORGÂNICOS

O ponto comum entre as diferentes correntes que formam a base da agricultura orgânica é a busca de um sistema de produção sustentável no tempo e no espaço, mediante  o manejo e a proteção dos recursos naturais, sem a utilização de produtos químicos agressivos à saúde  humana e ao meio ambiente, mantendo incremento da fertilidade e a vida dos solos, a diversidade  biológica e respeitando a integridade cultural dos agricultores.

* Produtos orgânicos são ecologicamente corretos - a produção vivifica o solo, mantém as  florestas naturais e o ciclo das águas limpas. O meio ambiente agradece o  equilíbrio   promovido no ecossistema em que a agricultura orgânica ou biodinâmica reside.

* Os projetos orgânicos são socialmente justos - se preocupam com o bem estar das   pessoas e respeitam seus direitos.

*  A sustentabilidade deve existir  - tornar-se economicamente viável é uma meta.


Plantio e colheita buscam qualidade, respeitando as estações do ano, clima da região, maturação, além de outros fatores fundamentais a uma agricultura equilibrada. Com esses  cuidados o resultado é a produção de alimentos saudáveis, onde seus nutrientes são conservados. Por tudo isso são ricos e completos em sua essência.

*Alimentos orgânicos recebem selos de certificação, que atestam a veracidade dos produtos e as  condições ideais de produção.

Mas tenha atenção, não se deixe confundir : 

- Alimento integral nem sempre é orgânico
                                                                       

- Alimento natural nem sempre é orgânico
                                                                       

- Alimentos hidropônicos não são orgânicos
                                                                      

- Alimentos Transgênicos não são orgânicos


Fonte: http://www.namaste.ind.br/index.html