quinta-feira, 19 de abril de 2018

O que é Agricultura Familiar Orgânica?

O que é a  proposta da Naturinga?
A agricultura orgânica busca o desenvolvimento sustentável na produção agrícola a partir do uso de práticas alternativas que norteiam o plantio e o manejo de pragas e doenças. Utilizando-se a biodiversidade natural a favor da produção agrícola, deixando que a própria Natureza trabalhe junto com o ser humano, obtém-se como conseqüência alimentos saudáveis, com mais vitalidade, e mantém-se a saúde do solo.
A agricultura orgânica é um sistema de produção que exclui amplamente o uso de fertilizantes, agrotóxicos, reguladores de crescimento e aditivos para a produção vegetal e alimentação animal, elaborados sinteticamente.
Uma das principais características da agricultura orgânica é a sua adaptação e viabilidade em pequenas propriedades e cultivos de pequena escala. Neste sentido, e em função das particularidades da agricultura familiar, como tamanho, diversidade de produção, baixa utilização de insumos, acesso restrito a financiamentos agrícolas, a agricultura familiar é o segmento que mais pode se beneficiar com as tecnologias geradas para a agricultura orgânica.
A agricultura familiar é de grande complexidade e nela estão contidas as condições de pobreza do produtor, a desarticulação institucional que não favorece a estruturação da cadeia produtiva, a agressão ao meio ambiente por meio da utilização indiscriminada de produtos tóxicos na lavoura. Esses fatores estão intimamente inter-relacionados, uma vez que os efeitos recaem, no seu conjunto, na família rural e sua condição efetiva de trabalho e vida.
O agricultor familiar da região de Maringá ( NORTE CENTRAL e NOROESTE DO PARANA) , em geral é um produtor pobre, sem acesso a crédito, sem reservas para investir, é um micro- produtor que tem pressa e exige retorno quase imediato dos projetos econômicos em que se envolve.

Sua renda familiar deve ter rápido impacto positivo para assegurar que ele e sua família acreditem, aceitem e continuem investindo no campo de produção. Inicialmente a produção orgânica com hortaliças permite este retorno ágil, demanda maior quantidade de mão-de-obra, afetando positivamente a geração de empregos e contribuindo para valorizar as atividades da cadeia produtiva da agricultura familiar.
Em geral as unidades de produção familiar orgânica na região, são espaços produtivos menores do que 3 hectares, onde normalmente toda família trabalha, seja na produção, no beneficiamento ou na comercialização.
Desde 2012, pequenas associações vêm realizando um esforço continuado no processo de organização e capacitação dos agricultores familiares orgânicos, principalmente na viabilização da comercialização através das Feiras Livres Orgânicas que acontecem em vários municípios. 
Com o trabalho da NATURINGA, os agricultores orgânicos da região podem explorar mais uma possibilidade de escoar sua produção e melhorar seu ingresso financeiro. Por outro lado, os consumidores ganham em praticidade ao receberem, com segurança, produtos orgânicos fresquinhos em casa, além de também poderem contar com uma boa variedade de outros produtos orgânicos certificados (trabalhamos com uma lista de mais de 180 produtos).
O que é Comércio Justo?
O conceito de Comércio Justo baseia-se numa nova modalidade de parceria comercial com diálogo franco, aberto, transparente e respeitoso, que busca maior eqüidade. Contribui para o desenvolvimento sustentável através de melhores condições de troca e garantia dos direitos para produtores e trabalhadores marginalizados.
As iniciativas que trabalham com comércio justo têm por objetivo principal estabelecer o contato direto e sincero entre produtores e compradores, sem a figura de atravessadores exploradores, e minimizando as instabilidades do mercado.
Naturinga "Consumo Consciente e Comércio Justo de Alimentos Orgânicos e Agroecológicos" aplica o comércio justo e solidário junto aos seus fornecedores, na grande maioria, famílias de agricultores que vêem nesta parceria uma forma transparente de comércio. Buscamos assegurar que os agricultores recebam um preço justo por seus produtos e serviços, melhorando a qualidade de vida de suas famílias e da comunidade rural.
Por outro lado, o consumidor sabe que está adquirindo um produto de qualidade diferenciada e que contribui para uma cadeia comercial mais justa e equilibrada.
É importante perceber que, colocando-nos como facilitadores desse processo, articulando com os produtores ou com os consumidores, estamos incluindo todos nós como co-responsáveis pelo que foi e pelo que será feito na agricultura familiar, no meio ambiente e nas relações sociais.

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